OS DESUSOS DO PATRIMÔNIO EDIFICADO NA CIDADE DE GOIÁS
Palavras-chave:
Cidade de Goiás, Patrimônio Mundial Cultural, Vacância urbanaResumo
Este artigo apresenta uma análise de indicadores censitários que, associados a constatações empíricas, apontam para o esvaziamento de determinadas áreas da cidade de Goiás, especialmente no Conjunto Arquitetônico e Urbanístico, tombado pela União desde 1978 e declarado Patrimônio Mundial Cultural desde dezembro de 2001. Neste sentido, procura-se contribuir com uma discussão sobre as origens e a forma com que o fenômeno da vacância urbana ocorre nas cidades de pequeno porte, especialmente aquelas valoradas como patrimônio cultural. Por meio de pesquisa exploratória identificam-se as tendências e níveis de intensidade de tais ocorrências. Apesar de evidenciar que toda a cidade padece com altas taxas de vacância, mediante comparação dos índices censitários demonstra-se que estas são ainda mais elevadas em seu Conjunto tombado – em franca contraposição aos intentos de gestores e comunidades quando da preservação de um sítio com valor histórico-cultural. Visando elucidar as causas dessa situação antagônica, desenvolve-se uma análise fundamentada em fontes secundárias que visa traçar um perfil da cidade de Goiás, de seu conjunto tombado, e das temáticas correlatas no campo dos estudos de desenvolvimento urbanístico. Ao fim, alcança-se o entendimento de que os índices de ociosidade se apresentam elevados e concentrados por diferentes razões, sendo muitas delas próprias das pequenas cidades do interior do Brasil, não sendo viável a mera transposição de análises e metodologias aplicáveis em grandes capitais e metrópoles.
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